quarta-feira, dezembro 28, 2005

"Soror Saudade"


Florbela de Alma da Conceição Espanca (apelido recebido da sua madrasta, Mariana Espanca), nasceu em Vila Viçosa, no dia 8 de Dezembro de 1894. Estudou num colégio na sua terra natal, depois no liceu de Évora e, mais tarde, na Faculdade de Direito de Lisboa. Aos 8 anos escreveu o seu primeiro poema intitulado “Vida e Morte”. Florbela Espanca sofreu vários desgostos ao longo da sua curta vida. Os seus três casamentos falhados e a morte do irmão, Apeles Espanca (com quem mantinha fortes laços afectivos), ocorrida num acidente com o avião que tripulava sobre o rio Tejo, em 1927, marcaram profundamente a sua vida e obra. Florbela Espanca que escandalizou a provinciana sociedade portuguesa dos anos 20, com os seus tristes e sensuais versos, vivia em Matosinhos com o seu marido quando se suicidou, no dia 8 de Dezembro de 1930.


Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: aqui... além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente...
Amar! Amar! E não amar ninguém!
Recordar? Esquecer? Indiferente!...
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!
Há uma primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi para cantar!
E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... para me encontrar…
(Charneca em Flor, 1930)

sexta-feira, dezembro 02, 2005

As ONGs Como Novos Actores Políticos?

A Página da Educação Arquivo - Artigo

As ONGs Como Novos Actores Políticos?
A Conferência da Organização Mundial de Comércio recentemente celebrada em Seattle evidenciou o relevo do papel das Organizações não Governamentais como agentes da decisão política. Quando os grupos humanos só podiam unicamente comunicar por telefone, fax ou correio, tornava-se economicamente proibitivo compartilhar informação e manter comunicações com pessoas de diferentes partes do mundo. A internet possibilitou o surgimento de um activismo on line que, mudou radicalmente o conceito clássico de participação, e multiplicou tanto o número de ONGs como a sua influência. (1)
A propósito destas considerações pensamos que a multiplicação das ONGs por todo o mundo, especialmente nos países mais desenvolvidos e, em particular, a sua nova opção organizativa merece nesta rubrica algumas linhas de reflexão.
O mundo das ONGs é complexo e abarca muitas frentes, pairando sobre elas as mais diversas perspectivas, não deixando mesmo de estarem sujeitas a manifestações de alguma desconfiança. Uma das frequentes acusações que lhes é feita é de se constituirem em poder não democrático nem fiscalizado, uma vez que a sua principal força lhe advém, de um maior ou menor grau, do apoio da opinião pública democrática.
De um modelo de organização inicial do final dos anos 1960 assente sobre a intervenção, isto é, que capta recursos com os quais procura, às diversas escalas, enfrentar os problemas nos campos da pobreza e do desenvolvimento, viraram-se as mesmas, na década de 1980, para um outro tipo de modelo que implica a participação activa dos afectados numa perspectiva que tenha em conta as condicionantes estruturais, ecológicas e culturais, acabando actualmente por se posicionarem como organizações de pressão política. E é aqui que esta opção, sem deixar de ser legítima, começa a ser mais delicada e discutível. Senão vejamos.
Para que as ONGs sejam organizações de pressão política pede-se, para começar, que as mesmas se organizem com sentido de nítida independência dos poderes políticos e económicos. Em segundo lugar, à que obter um forte apoio da sociedade civil, (de onde lhes vem o apoio e a quem devem dar a conhecer as suas actividades) para que a opinião pública se aproprie das suas causas e as transforme, por sua vez, em pressões políticas conscientes e especialmente coerentes. Em terceiro lugar, à que constituir-se em organizações não tanto de recursos mas de conhecimentos ; por exemplo, organizações capazes de analisar as realidades do subdesenvolvimento, suas causas e vias de solução, dando-as a conhecer e desta forma forçar as instâncias políticas e económicas a tornarem pertinentes as medidas e adequadas as resoluções para os problemas.
As críticas a esta dimensão política das ONGs tem vindo de diferentes posições do espectro ideológico, uns criticando-a por excesso e outros, por defeito. Os primeiros questionam, como já vimos anteriormente, a legitimidade democrática destas organizações que, dizem, não representar nada. Parecem ser os mesmos que não têm nenhum reparo a fazer e em aceitar a influência de algumas grandes empresas transnacionais na definição global das políticas económicas e sociais. Do outro lado estão aqueles que afirmam que as ONGs servem como desculpa para desmantelar os compromissos dos Estados com a solidariedade e o bem estar da cidadania e que, segundo os mesmos, são utilizadas pelo neoliberalismo para conter o perigo de explosões onde os problemas sociais se pautuam por situações extremamente injustas. Criticam, portanto, a despolitização e a desideologização destas organizações, na medida em que centram o seu trabalho na fixação de pequenos projectos assistenciais e não na mudança das condições estruturalmente injustas, estando no fundo ao serviço de um projecto político concreto: o neoliberalismo.
Enfim, face ao panorama contraditório para a função das ONGs na actualidade, coloca-se uma questão. Pelas problemáticas que abordam, pelo trabalho de pressão que exercem, pelo caudal de participação que criam e de certa forma pelo seu contributo para a educação e o aprofundamento da cidadania, será possível ou desejável a sua apoliticidade ?
A resposta negativa à questão parece ser a tendência actual. A ser assim, é um facto que a sua politização não deve dispensar a medição, sempre de uma forma eficaz, das transformações que se propõem fazer da realidade. Os movimentos sociais actuais centrados nas ONGs podem pois ser uma boa coisa se as mesmas apostarem cada vez mais na construção de novas políticas que passam por valores universalmente aceites e que provoquem socialmente o sistema estabelecido. Parte do que aconteceu em Seattle foi pois um repto ao actual posicionamento das novas organizações não governamentais que, de uma forma ou de outra, podem estar, paralelamente ao desenvolvimento da crise do Estado do bem estar e face ao marasmo da situação política e partidária vigente, a contribuir para uma transformação das sensibilidades sociais com eventual e desejável repercursão na mudança de actuação das opiniões públicas colectivas.

António Mendes LopesInstituto Politécnico de Setúbalamlopes@ese.ips.pt
(1) Etxeberria, Xabier (2000) "Debates jurídicos", Revista UD, Ano 17, nº 67. julio-septiembre 2000, p. 21.

quinta-feira, novembro 24, 2005

Como surgue a globalização e por que fases passou até chegar às características dos dias de hoje

Antes do aparecimento da globalização existiam, o que se pode chamar de as cinco economias mundo, que eram compostas pelas economias Europeia, do Império Bizantino, da China e Ásia, Índia e Civilizações Pré-Colombianas.
Nenhuma delas tinha qualquer tipo de relação com as outras, eram auttónomas e funcionavam individualmente.
A globalização passou por três fases. A primeira fase da globalização começou por volta de (1450) com os descobrimentos surgindo como resultado da procura de uma rota marítima para a Índia em busca das especiarias e riquezas que eram tão combiçadas na Europa. Com a descoberta do caminho marítimo para a Índia, e mais tarde a descoberta do Brasil, ou melhor do continente Americano, criou-se o comércio triangular que era realizado entre a Europa, África e América.
A Europa levava para a América mão-de-obra escrava vinda de África, para obter matérias primas da América em maior quantidade e com mais facilidade. Esta expansão mercantilista veio favorecer os artesãos e os industriais emergentes da Europa que passaram a contar com consumidores num raio bem mais vasto, enquanto que a importação de produtos coloniais faz ampliar as relações inter-europeias. Exemplo disso ocorre com o açucar cuja produção é confiada aos senhores de engenho no Brasil, mas que é transportado pelos portugueses para os portos Holandeses, onde lá se encarregam pelo refinamento e distribuição.
Com este comércio triangular e sendo esta fase caracterizada pelo mercantilismo nasceram os grandes impérios comerciais: Português, Holandês, Espanhol, Inglês e Francês. Estes impérios eram governados sob o poder de Monarquias Absolutas que mobilizavam todos os recursos económicos, militares e burocráticos, com a intenção única de expandirem os seus impérios e consequentemente, enriquecerem. O objectivo era acumular riqueza para se tornar mais poderoso.
A primeira fase acaba em 1850 quando se dá a Revolução Industrial, começa então a segunda fase da globalização , a Inglaterra industrializa-se, seguida pela França, Alemanha, Bélgica e Itália (na Europa) seguida pelos Estados Unidos. É introduzida a máquina a vapor, nos transportes terrestres, comboio poe exemplo, e nos transportes marítimos, barco a vapor, que veio ajudar as trocas comerciais tornando-as mais rápidas. Deixa de haver escravatura, os novos "escravos" são os operários que trabalham muito por pouco dinheiro. Esta época é regida pelos interesses industriais aliados aos interesses financeiros. A burguesia industrial e os bancários detém o poder. Nesta fase dá-se uma luta pelo capital financeiro na aplicação dos mercados, começa a haver uma procura por novas e diversas matérias primas.
Nesta fase aparece o capitalismo, ou seja, "riqueza gera riqueza". A produção em grande massa é mais uma das características da segunda fase. A posse de novas colonias torna-se o símbolo de poder da época, só a Inglaterra tinha mais de cinquenta, começa a luta pela supramacia que tem como resultado duas guerras mundiais, e é c o fim da segunda guerra mundial em (1945) que surge, uns anos mais tarde, em (1950) a terceira fase da globalização.
( está incompleto falta escrever a terceira fase da globalização)

quarta-feira, novembro 23, 2005

Há imagens que valem mil palavras



Há imagens que valem mil palavras




Estas fotografias são do muro que separa os israelitas dos palestinianos e os palestinianos dos israelitas. E, como se diz, há imagens que falam por si.

















Características Negativas da Globalização

Podemos considerar 3 as características negativas da globalização:

1) a insegurança de emprego e de rendimento: há um aumento significativo na taxa de desemprego devido ao facto de cada vez mais as empresas sairem do país em que se situam para outros paises onde a mão-de-obra é mais barata deixando assim um grande número de desempregados.
Devido ao facto dos estados não terem poder suficiente para interferir nas leis de mercado e de concorrência, já que vivemos num mundo neoliberal; os trabalhadores ficam sujeitos a contratos precários sem garantias de renovação dos mesmos.

As empresas tomam decisões em benefício próprio, com vista ao lucro, realizando fusões e aquisições que culminam com a redução ou despedimento colectivo e que inúmeras pessoas sem rendimentos.

2) a insegurança na saúde, isto é, com a livre circulação de pessoas (desaparecimento de fronteiras), aumentou o movimento migratório, o que conduziu à propagação de determinadas doenças como por exemplo o vírus HIV que pode ser transmitido, por exemplo, através do contacto sexual desprotegido.

3) a insegurança cultural. Cada vez mais estamos a perder a nossa identidade cultural devido ao bombardeamento constante de publicidade, música e filmes e outros produtos audiovisuais dos quais resultam a formação de autênticas tribos globais de determinada marca ou estilo.



Comentário elaborado por:


  • Ana Catarina
  • Ângela
  • Daniela Costa
  • Leocádia
  • Maria Helena
  • Mónica Carvalho

Neoliberalismo

Quando se diz que vivemos num mundo neoliberal, o que queremos dizer?

Quando se diz que vivemos num mundo neoliberal, queremos dizer que vivemos num mundo caracterizado pelo predomínio dos interesses financeiros, desregulamentação dos mercados, privatizações das empresas estatais e o abandono do "welfare state".
O neoliberalismo surgiu na década de 80 com a 3ª fase da Globalização inaugurada por algumas potências económicas mundiais, e que impôs a todo o mundo o dito "Capitalismo".

Num sistema neoliberal o estado não interfere na vida económica do país, as empresas têm total liberdade de actuação devido à desregulamentaçao dos mercados.

Num sistema neoliberal as empresas públicas são privatizadas com o intuito de diminuir as despesas públicas. Por outro ladoo neoliberalismo caracteriza-se pelo abandono do "welfare state" que se verifica no abandono do estado de previdência, na privatizaçao dos serviços da saúde, educação e na menor comparticipação dos estados para o apoio social aos seus cidadãos.

É por estes motivos que os críticos acusam a Globalização de ser responsável pela exclusão social, aumento da pobreza, desemprego, e de provocar crises económicas sucessivas. Por isto tudo é que se diz que..."Os ricos estão cada vez mais ricos, e os pobres cada vez mais pobres!".

Realizado por:

  • Ana Cristina Afonso
  • Carla Deus
  • Nelson Nunes
  • Verónica Almeida

terça-feira, novembro 22, 2005

Ibilda Mussuela

Olá stora!

Eu não estou a por nada no blog, porque estou muito ocupada! Quando poder escrevo.
até breve.

segunda-feira, novembro 21, 2005

Deusa Vénus

Vénus (mitologia)
Vénus era filha do Céu e da Terra. Também se diz que era filha do Mar e que Saturno preparou o seu nascimento, formando-a da espuma das águas. E há ainda quem afirme que era filha de Júpiter e da ninfa Dione, sua concubina.Conta-se que Vénus, logo após o seu nascimento, foi arrebatada para o céu, em grande pompa, pelas deusas Horas, que presidiam às estações, e todos os deuses a acharam tão formosa, que a designaram deusa do amor e cada um deles queria desposá-la.Foi Vulcano que a recebeu por mulher, por ter forjado os raios com que Júpiter combateu os Gigantes, que queriam apoderar-se do céu. Mas Vénus, não podendo suportar o marido pela sua grande fealdade, entregou-se à vida dissoluta e teve muitos amantes, entre os quais Marte, filho de Juno e deus da guerra, de quem teve Cupido. Vulcano, que a surpreendeu com Marte, cercou o lugar com uma rede invisível e convocou todos os deuses para que presenciassem o espectáculo.Vénus também desposou Anquises, príncipe troiano, de quem teve Eneias, que, já homem, partiu com uma grande armada para a Itália, para aí fundar um novo império.Vénus presidia a todas as festas de prazer e divertimento, sempre acompanhada das três Graças.Representa-se geralmente com Cupido, seu filho, sobre um coche puxado por pombos ou por cisnes.
Cupido (mitologia)
Cupido ou Amor era filho de Marte, deus da guerra, e de Vénus, deusa do amor. A sua tarefa principal era presidir a festins de prazer e divertimento.Amou muito Psique, divindade grega jovem, de rara beleza, que também o amou intensamente e a quem Cupido prometeu felicidade eterna em palácio sumptuoso, mas com uma condição: Psique nunca poderia ver-lhe o rosto.Mal aconselhada pelas irmãs, que tinham inveja dela, Psique foi vê-lo, quando ele dormia. Naquele momento ele acordou e fugiu, desaparecendo para sempre.Cupido representa-se em figura de menino sempre nu, com asas, por vezes com uma venda nos olhos, com um arco e uma aljava cheia de setas ardentes.

quarta-feira, novembro 16, 2005

Complexo de Édipo


Freud introduziu o conceito do Complexo de Édipo como forma de explicar a evolução da sexualidade humana, mas fez mais do que isso, introduziu a sexualidade infantil.
Em primeiro lugar, convêm distinguir a sexualidade infantil da sexualidade adulta, não são iguais mas complementares. Para a psicanálise, existem grandes diferenças entre estas duas formas de sexualidade. Enquanto que a infantil refere-se a processos de evolução e maturação psicológica, a adulta refere-se aos actos sexuais em si e tudo aquilo que os envolve.
Uma criança quando nasce pertence a um determinado género, masculino ou feminino, que está determinado biologicamente e é facilmente reconhecido por quem a rodeia. Mas para a criança as coisas não são assim tão claras. O desenvolvimento mental, bem como o biológico, permite à criança compreender o seu lugar entre os seus iguais e os que lhe são diferentes. O contacto futuro com o sexo oposto é baseado nas suas aprendizagens enquanto criança, para que tal seja normal tem que passar por várias etapas de evolução da satisfação pessoal. É aqui que reside a chave da sexualidade infantil. O ser humano sente coisas prazerosas, que não têm necessariamente conteúdo sexual, no contacto que mantém com os outros e é assim que desenvolve a sexualidade da idade adulta.
O Complexo de Édipo surge entre os 5 e os 7 anos e é característico do fim de um dos períodos de desenvolvimento da sexualidade infantil. Está directamente relacionado com o contacto com a mãe, que ocupa o lugar de destaque no dia a dia da criança sendo a responsável por fornecer tudo aquilo de que ela necessita. Quando a criança chega a esta idade, já percebe que para além da mãe também existe um pai e que este ocupa um lugar importante junto dela. A muito custo a criança percebe que existem mais variáveis na equação familiar.
A criança, ou neste caso o rapaz, percebe que tem que modificar a sua forma de estar com a mãe, tem que respeitar a presença de um homem maior e mais forte a quem a mãe dá um certo poder e a quem deve obedecer sob pena de ser castigado. O filho tenta então assemelhar-se ao pai, perdendo a competição com o pai e tentando chegar aos seus calcanhares.
O Complexo de Édipo é um conflito interno da criança, com origem na incapacidade de amar a mãe da mesma forma que o fez até aquele momento e que desencadeia um confronto com a concorrência - o pai – lutando pela atenção da mãe. Quando finalmente percebe que tem que deixar a mãe para o pai e, que este também é importante para o seu crescimento, deixa que ele assuma um papel importante, a função de introdução da lei e da regra e o contacto com a sociedade. A criança pode então evoluir, tornando-se mais independente da mãe e do pai, elaborando os diversos aspectos da sexualidade infantil e posteriormente da adulta.
Para as meninas, o objecto alvo da atenção deixa de ser a mãe, para passar a ser o pai. Entra forçosamente em competição com a mãe pela atenção do pai e este, mantém as características de introdução de regra e limites.
O Complexo de Édipo é necessário porque permite à criança viver saudavelmente, mesmo que para isso tenha que sofrer restrições e algumas frustrações.

terça-feira, novembro 15, 2005

Atenção

Atenção!

A entrega dos trabalhos de Mundo Actual, 1º ano, foi antecipada para o dia 12 de Dezembro.

quarta-feira, novembro 09, 2005

Édipo



Quando Édipo nasceu os seus pais levaram-no a um vidente, para saber qual seria o seu futuro .
O vidente disse-lhes que este os iria matar. Para evitar tal tragédia o Rei (seu pai) mandou a um empregado que o atirasse ao rio. O empregado não foi capaz de cumprir tal tarefa e apenas o deixou abandonado à beira do rio de pés atados. Um casal que por ali passava levou Édipo e criaram-no como se fosse o próprio filho. Uns anos mais tarde Édipo também foi a um vidente e este voltou a dizer que ele mataria os seus pais. Ele, que estava convencido que os pais que o criaram eram seus pais biológicos e não lhes queria fazer mal partiu para longe. A caminho da sua terra natal, sem o saber, viu-se envolvido numa briga e matou um homem, este homem era o seu verdadeiro pai. Como a rainha ficou viúva o seu irmão anunciou que o homem que conseguisse matar o monstro Esfinge, teria a mão de sua irmã .
Édipo lançou-se na aventura, indo ate à gruta da Esfinge , que era uma mulher com corpo de leão, esta só morreria se ele conseguisse decifrar um enigma: "Qual é o ser vivo que quando nasce tem quatro patas, mais tarde tem duas e no fim tem três?". Ele respondeu que era o ser humano; quando nasce tem quatro patas porque gatinha, depois tem duas quando é adulto, quando atinge a velhice tem três porque usa bengala. A Esfinge morrreu e Édipo casou com a rainha tornando-se rei. Uns anos mais tarde, já com uma filha, Édipo recebeu a visita do vidente, este divulgou-lhe a verdade, ele matara seu próprio pai e estava casado com sua mãe tendo uma filha desta união.
A rainha matou-se de desgosto, Édipo furou os olhos e isolou-se bem longe com a sua filha, sem nunca mais serem vistos.

domingo, novembro 06, 2005

Testes!!


Atenção! Os testes estão marcados!

1º Ano: 17 de Novembro
12 de Dezembro (entrega dos trabalhos)


2º ano:
9 de Novembro
7 de Dezembro

Olá Amigas e Amigos!!

Estamos de volta para mais uma no lectivo cheio de novas aprendizagens. Ofereço-vos este blog para trocarem impressões e desabafos que a disciplina de Mundo Actual vos possa provocar. E como já estamos perto dos testes vou deixar aqui alguns sites relacionados com os temas que as turmas do 1º e do 2º ano estão a trabalhar. Espero que possam ser úteis para o vosso estudo e para os vossos desassossegos intelectuais!

Sobre a Globalização


Várias páginas a explorar no Expressoemprego.pt sobre globalização e a sua influência no mercado de trabalho. A não perder!

A Globalização vista pelo olhar de estudantes da Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade Nova de Lisboa. Estes estudantes estão sobretudo preocupados com as questões ambientais.

Um dossier Globalização do jornal Notícias da Amadora a explorar com atenção.


Geografia on-line: Atenção ao português! É um site brasileiro, mas com conteúdo interessante


Países em Vias de Desenvolvimento - Países Pobres


Tuberculose, Sida e Pobreza do Aidcongress.net

Países Ricos, Países Pobres. Um artigo de José Paulo Serralheiro, Professor e Jornalista.

Um artigo do New York Times sobre a SIDA nos países pobres. Em Português.

Documento de Consulta essencial da ONU Portugal sobre o Relatório de Desenvolvimento Humano de 2003. (Para abrir este documento é preciso ter o Acrobat Reader instalado).


quarta-feira, setembro 21, 2005

Estado Novo - A memória dos mais velhos (Portugal e Colónias)

Na Primavera passada completaram-se os 31 anos do 25 de Abril. Encontrámos uma maneira mais fácil, divertida e interessante de conhecer a história recente do nosso país - perguntámos aos nossos pais, avós e outras pessoas conhecidas, como se vivia em Portugal (e nas colónias) antes de Abril de 1974. E o resultado é este:

«Antes do 24 de Setembro de 1974, a República da Guiné-Bissau não existia. Antes da chegada dos portugueses (antes dos Descobrimentos), a Guiné era "administrada" pelas pessoas mais idosas, com maior conhecimento e experiência de vida. Essas pessoas eram designadas por "regulas". Os regulas eram as pessoas mais respeitadas de cada tribo.
Quando os portugueses chegaram à Guiné, esta passou a denominar-se Guiné Portuguesa, ou seja, era apenas mais uma das inúmeras províncias de Portugal. Nessa altura, os portugueses dominavam a Guiné por completo, a liberdade das pessoas era bastante limitada (situação que se agudizou substancialmente depois de 1928) - não podiam reunir-se, havia escolas para portugueses e escolas para guineenses (mas apenas para os guineenses que tinham possibilidade de colocar os seus filhos na escola e que eram uma minoria).
O povo guineense era constantemente humilhado, não tinha voz. Quem atentasse contra estas regras poderia ser preso e torturado. Nessa altura, os portugueses podiam tudo e tiveram tudo. Tiveram as melhores escolas, os melhores empregos e muitas das vezes os guineenses trabalhavam e não recebiam e não podiam sequer reclamar por isso.
Em 1956, Amílcar Cabral, fundou o PAIGC, esse partido era clandestino, pois não eram permitidos grupos políticos que atentassem contra o regime do Estado Novo português. O objectivo do PAIGC era de ganhar adeptos e tornar-se forte de modo a fazer frente ao regime ditatorial existente nessa altura.
A existência da PIDE fazia com que as pessoas tivessem medo até de desabafar com o vizinho do lado, pois os elementos pertecentes à PIDE não eram apenas os portugueses, havia também guineenses que colaboravam com eles em troca de algum dinheiro e outras regalias. Essas pessoas passavam informações aos agentes da PIDE que durante a madrugada iam às casas de suspeitos e levavam as pessoas para serem interrogadas. A maior parte dessas pessoas que foram levadas nunca voltaram e nem os seus corpos foram encontrados.
O dia 3 de Agosto, na Guiné, é feriado nacional em memória das vítimas do massacre de Pingiquite. Nesse dia, em 1959 os marinheiros guineenses, fartos de trabalhar sem receber havia vários meses, reuniram-se no porto de Pingiquite e reclamaram pelos seus salários. Apareceram tropas portuguesas que começaram a disparar contra os marinheiros. Houve centenas de mortos e poucos foram aqueles que sobreviveram. De entre os que sobreviveram, alguns enlouqueram. Após esse massacre, o PAIGC ganhou ainda mais ódio pelos portugueses e foi ganhando mais força até que em 1963 iniciou a luta armada contra o regime ditatorial na Guiné. Finalmente em 24 de Setembro de 1974 a Guiné ganhou a luta armada e obteve a independência.»

Relato transcrito por Leocádia, após conversas com familiares que viviam na Guiné-Bissau antes da independência.





Guine Bissau Posted by Picasa



A Guiné-Bissau é banhada pelo Oceano Atlântico e faz fronteira com a Guiné Conacri e com o Senegal.


«A minha avó tem 63 anos e vivenciou o 25 de Abril com grande emoção pois foi uma época de sofrimento que tinha terminado. A minha avó vinha de uma família pobre, tinha nove irmãs e um irmão. Uma das irmãs já faleceu. A minha avó viveu numa época de opressão e conta-me que na altura ninguém estava autorizado a reunir-se nas ruas, nem de falat sobre problemas sociais, políticos ou até mesmo conversas banais. Não havia direito de voto, nem mesmo os direitos da mulher podiam ser reclamados. A minha avó era uma excelente aluna e estudou até à quarta classe, passando no exame final com nota máxima, mas como não tinha condições monetárias para continuar os estudos teve de desistir com grande desgosto e teve de ir trabalhar para Lisboa, para uma casa de saúde. Tinha apenas 13 anos mas tinha de ajudar ao apoio económico da família numerosa que tinha - "numerosa mas feliz" - conta a minha avó, pois contentavam-se com o que tinham e eram muito unidos e amigos.
A minha avó também conta com muita tristeza o terror que a PIDE causava nas pessoas. Ela lembra-se de um dia um polícia ter ido buscar o pai dela (meu bisavô) e de o ter levado preso, sob acusação de ter participado no movimento de trabalhadores no cais de Setúbal. Depois de ter passado uma noite preso e de ter sido torturado, regressou a casa pois a polícia apercebeu-se que o meu avô não tinha nada a ver com a questão. Passado pouco tempo, o pai da minha avó morreu com tuberculose, deixando 10 filhos a cargo da minha bisavó. A situação piorou bastante, mas mesmo assim, esta foi sempre uma família lutadora que apesar de ter sido bastante lesada com a ditadura conseguiu erguer-se.
Quanto à cidade de Setúbal, era uma cidade industrial. Era à beira rio que se concentrava a maioria das fábricas para o caso de se preparar alguma greve ou movimento. Setúbal foi considerada a cidade vermelha no 25 de Abril devido ao facto de a esquerda ter tido mais força nas primeiras eleições livres do país. Acho que isto se deve ao facto de Setúbal, por ser uma zona altamente industrial, ter sido uma das mais abaladas com a ditadura.»

Maria Helena Batista, após conversar com a avó.


«Falei com uma pessoa de 60 anos e esta cvontou-me que antes do 25 de Abril vivia-se muito mal, havia poucos rendimentso para os trabalhadores, os salários eram muito baixos e só mais tarde foi conquistado o direito à reforma. Nesta altura havia classes dominantes - os empresários, políticos e banqueiros.
Nas escolas havia muita disciplina , havia turmas de rapazes e raparigas não havendo misturas entre eles. As aulas eram ou só de manhã ou só à tarde e a desobediência ao professor era punida.
O regime possuia uma polícia política que perseguia quem dissesse mal ou atentasse contra o regime. Os presos políticos eram enviados para as prisões de Caxia, Peniche ou Tarrafal. (...)»


Vânia Caroço


« Na escola primária os alunos tinham de cantar o hino nacional, pois é o símbolo do nacionalismo (víncula a nacionalidade portuguesa). Na preparatória era obrigatório o uso de bata.
Os jovens gostavam de falar de política, de discutir os assuntos da actualidade, mas tinham sempre medo dos seus colegas, pois este poderiam ser os chamados "bufos" da PIDE.
A pessoa que entrevistei recorda que o pai de uma colega de faculdade era funcionário público. Um funcionário público ganhava muito pouco, mas ele demonstrava viver acima das suas possibilidades. Isto podia significar que ele era um informador a PIDE, como tal, as conversas ao pé da colega não podiam representar manifestações contra o governo.
A mulher vivia subjugada ao poder do homem e apenas as oriundas de famílias de famílias mais abastadas tinham acesso à educação. Não se podiam usar mini-saias, as saias eram até as joelhos. Só perto dos anos 70 é que as mulheres começaram a usar calças. Segundo a pessoa com quem falei a Revolução começou de madrugada. Os militares de Santarém tinham um código para avançar para Lisboa. O código era a canção "Grândola Vila Morena". Após as primeiras movimentações a comunicação social informou as pessoas para não sairem de casa, mas estas saiaram para ver o que estava a acontecer. O dia acabou com a população a oferecer cravos aos militares e eles colocaram os cravos nas armas.»

Verónica Almeida aprendendo com um familiar

«Das informações que recolhi apercebi-me de algo que nunca me tinha ocorrido, provavelmente pelo facto de viver numa sociedade que nada tem a ver com o "antes 25 de Abril". Penso que seria impensável eu aprovar uma ditadura, mas como disse fiquei surpreendida ao ver pessoas que aprovam inteiramente o modo como se vivia naquela época pois acreditavam que as pessoas se respeitavam mais e não havia "poucas vergonhas": prostitutas, bandidos, delinquentes, etc.
As pessoas temiam a autoridade e por isso respeitavam-na. Vivia-se num mundo conservador e isso implicava respeito. também ouvi dizer que no tempo do Salazar o país nunca atravessou uma crise financeira como nos nossos dias, mas a verdade é que quem afirma isto não proferiu uma única vez que as pessoas eram felizes! (...) As pessoas não tinham liberdade para aquilo que fosse!! Sem liberdade e a viver em função das regras de uma ditadura sem sequer defender os seus princípios, como poderemos ser felizes sem criarmos nenhuma revolta no nosso eu?
Ao falar com a minha avó percebi que ela não defende a ditadura na qual já viveu, mas tem noção de que é muito conservadora e os da sua época também, porque foram criados daquela maneira e dessa forma educaram os seus descendentes. Talvez o nosso país ainda hoje seja considerado conservador por isso. Ela diz que não era obrigatório ir à escola, até porque as crianças tinham de ajudar os pais desde cedo, talvez aquilo a que hoje chamamos "exploração infantil"... as crianças vestiam-se como adultos em ponto pequeno. A minha avó, com alguns sacrifícios dez a 4ª classe mas numa sala só com meninas. Por cima do quadro tinha um crucifixo porque a religião era importante e antes de iniciarem as aulas cantavam o hino nacional.
Para ser uma mulher de respeito tinha de ser trabalhadora, religiosa, pura e vestir-se "decentemente".. ou seja, não vestiam calças nem decotes... Não existiam discotecas nem sítios de lazer como hoje, "uma mulher não fumava, não tinha vícios". (...) »

Ana Afonso depois de falar com a avó



quinta-feira, julho 21, 2005

Quem somos nós?

Cá está a turma de Assistentes de Clínica Dentária, 2º ano, acompanhada pela coordenadora do Curso, Isabel Bagão, no dia em que fomos ao Teatro, ver a peça Einstein ao Teatro Extremo, em Almada.



Assistentes - Teatro Posted by Picasa

As nossas melhores "caretas" com a formadora de Mundo Actual, Ana Neves.


Assistentes 2� Posted by Picasa