domingo, dezembro 24, 2006

Árvore de Natal

Dizia-se que quando Jesus nasceu as árvores floresceram; daí que se dê destaque aos pinheiros, árvores que estão verdejantes todo o ano e simbolizam na perfeição a vida nova e de esperança.
As referências mais antigas à Árvore de Natal datam do século XVII e apareceram na Alsácia, província francesa.
No entanto, várias lendas contam a origem da Árvore, entre as quais a de ter sido Martinho Lutero, no século XVI, o primeiro a adornar uma árvore com luzes no dia de Natal, como símbolo do nascimento da Luz do mundo (Jesus). Este acto depressa se difundiu, conquistando inúmeros adeptos. A verdade é que neste século era costume na Alemanha enfeitar-se uma árvore com luzes, doces, frutos e papéis nesta altura do ano.
Uma outra lenda conta que São Bonifácio salvou um príncipe que ia ser sacrificado num bosque de carvalhos por alguns druidas. Ao derrubar a árvore onde o príncipe ia ser imolado nasceu um pinheiro, que a partir de então simbolizou a paz.
Os egípcios da Antiguidade tinham como hábito levar para dentro de casa folhas de palmeira no dia mais pequeno do ano, que coincide mais ou menos com o dia 25 de Dezembro. Estas folhas simbolizavam a vida, que se impunha à morte.
De igual forma, os romanos adornavam a casa com pinheiros na festa invernal em honra do deus da agricultura, Saturno.
A tradição de enfeitar e iluminar a árvore vem igualmente de um costume pagão, que deste modo convocava de novo os espíritos das árvores. Acreditava-se que quando as folhas caíam os espíritos benfazejos que as habitavam as tinham abandonado.
A adopção da árvore por parte dos missionários teve uma cambiante: passou a ser um abeto, que tinha uma forma triangular e aludia à Santíssima Trindade. Assim se desvaneceu a simbologia pagã da árvore. Com a cristianização, as velas passaram a simbolizar o Menino Jesus e faziam-se figuras em papel aludindo às restantes personagens do presépio.
A Árvore de Natal foi também conhecida, muito antes, como a Árvore do Paraíso, uma vez que celebrava a festa de Adão e Eva, a 24 de Dezembro. Celebrava assim a esperança e salvação, justificando também a tradição dos frutos do Paraíso a enfeitar a árvore.

2 comentários:

Ana Maria Neves disse...

Que interessante! Não fazia ideia :))

Ana Maria Neves disse...

Sabia que a sua ajuda é preciosa para eu não desistir deste blog?