«Militar, poeta, ideólogo e político chinês, Mao Tsé-Tung (também "Mao Zédong", considerado por muitos como a versão do nome mais correcta) nasceu em 1893, numa família camponesa do interior da China. As posses da sua família permitiram-lhe frequentar um curso para professor primário, o que o fez deslocar-se para meios urbanos onde a vida política era muito intensa. Após o termo da Primeira Guerra Mundial e sob a influência das notícias e das novas ideias provenientes da Rússia revolucionária, adere ao marxismo e torna-se um dos membros do pequeno grupo de activistas que funda o Partido Comunista da China, em 1923, assumindo de pronto funções de direcção.Após alguns anos de entendimento com o Kuomintang, irrompe o conflito entre aquele partido e os comunistas chineses. Contrariando as teses dos seus camaradas, que, fiéis à letra dos escritos de Marx e orientados pelo exemplo soviético, criam que a revolução só seria possível nas cidades e sob a liderança do proletariado , Mao transfere a luta para os campos, organizando os camponeses e formando um exército que irá sustentar uma luta implacável, dura e prolongada, contra as forças do governo da república chinesa. A sorte da luta obrigá-lo-á a deslocar as suas forças para o interior, numa Longa Marcha de milhares de quilómetros, sempre sob a pressão dos seus adversários, que o forçam a travar inúmeros combates. Mao vence com dificuldade as hesitações dos seus próprios camaradas de partido e consegue estabelecer um governo soviético no interior, daí partindo ao contra-ataque.A guerra civil prolongar-se-á até 1949, sendo unicamente interrompida pela invasão japonesa durante a Segunda Guerra Mundial, que obriga os contendores a entenderem-se, apesar das desconfianças mútuas, para enfrentar o inimigo comum. Em Outubro daquele ano, Mao entra na capital e proclama a República Popular da China, na qual assumirá funções quer na direcção do Estado quer na chefia do partido. Os governos e o partido sob a sua orientação põem em prática políticas de desenvolvimento económico acelerado e propõem políticas de luta anti-imperialista que desagradam quer à URSS quer a meios políticos internos, o que leva à eclosão de vários conflitos no interior do país e com o seu aliado histórico soviético. Nos últimos anos da sua vida (morre em 1976), parece ter perdido muita da sua autoridade efectiva, embora continuasse nominalmente detentor do poder. Registe-se ainda que Mao, além de poeta de estilo clássico, é autor de uma vasta produção escrita, de carácter político, ideológico e de doutrina militar, em tom polémico ou didáctico, que são o reflexo e a expressão da sua luta e das suas ideias.»
Pesquisado na Diciopédia 2005
1 comentário:
Olá Sónia, mais uma vez obrigada pela sua participação e pela curiosidade que a levou a investigar. Só tenho duas notas a fazer. A primeira é que não é "República Democrática da China" mas sim "República Popular da China", a segunda diz respeito mais uma vez à importância que tem citarmos as fontes que consultamos. Há direitos de autor que devem ser respeitados, sob pena de um destes dias o nosso blogue poder ser penalizado. Por favor, tenham em atenção as fontes! No caso parece-me que a presente fonte é de algum dicionário ou enciclopédia da Porto Editora. Sónia, por favor, corrija o artigo e coloque a fonte. No caso de existirem citações inteiras que não tenham o seu tratamento pessoal, coloque-as entre "...", ok?
Enviar um comentário