segunda-feira, julho 02, 2007

Comentário ao Filme "A Vida é Bela"

Olá a todos! Depois de termos visualizado o filme A Vida é Bela, sugiro-vos agora que relacionem o filme com o que temos estado a aprender em Mundo Actual, i.e, que relacionem o filme com a II Guerra Mundial. Deverão fazê-lo inserindo um comentário no presente post. Se não conseguirem efectuar o login (relembro que o blogspot implica agora a criação de uma conta no gmail), escolham a opção "anónimo" nos comentários, mas não se esqueçam de no espaço da mensagem assinarem o vosso nome. Terão até ao dia 31 de Julho para comentar o filme.

20 comentários:

Anónimo disse...

A parte que mais me chamou a atenção neste filme, foi o estratagema que o pai arranja quase na parte final do filme, que,na minha opinião o faz para que o filho não se aperceba que o pai vai ser morto por um elemento das tropas alemãs.

Anónimo disse...

O filme "A Vida é Bela" apesar de ser na sua maior parte ficção, dá-nos uma ideia do que se viveu no período da II Guerra Mundial. Aspectos positivos: mostrou-nos como eram julgados os Judeus e também o dia a dia de um campo de concentração e o que lá era praticado aos homens, mulheres e crianças, como o "duche" a que estas eram sujeitas e o seu destino posteriormente, entre outras. Aspectos negativos: aqueles em que o protagonista (não me recordo do nome da personagem) "brincava" com os militares alemães ou entrava na sala das comunicações e falava com a mulher, na realidade tudo isto era impossível, pois acredito que eles não tivessem assim qualquer tipo liberdade dentro do campo de concentração, mais uma vez aqui a ficção predominou. É a minha opinião acerca do filme visionado, embora compreenda que este não era suposto passar de uma comédia romântica.


Sara Presado

Ana Maria Neves disse...

Olá Sara, tem razão. O lado lúdico do filme seria, na verdade, impossível de acontecer naquele contexto. A liberdade num campo de concentração é nula. As pessoas que lá estavam, para além de não serem consideradas como seres humanos, eram prisioneiros e mão de obra escrava que vivia apenas enquanto tivesse capacidade física e saúde para trabalhar.
Outra questão, não sei se reparou mas a mão-de-obra escrava era utilizada para o fabrico de máquinas de guerra e armamento...

Ana Maria Neves disse...

É verdade Emanuel, é essa capacidade criativa que o realizador tem que faz do filme um filme "suportável" ainda que retratando um contexto terrível. Vamos em frente Emanuel e tente de alguma forma integrar aqui os conhecimentos que temos estado a adquirir sobre a II Guerra Mundial.

David Rebelo disse...

Eu penso que o filme " A Vida é Bela", retrata de uma forma simples, e por vezes cómica, o modo como o fascismo imperava na europa na altura da 2ª Guerra Mundial, e que levaram a que os judeu fossem presseguidos e maltratados quer nos campos de concentração quer na sociedade em geral.... exemplo disso sao os momentos do filme em que aparece um cavalo pintado a verde com uma inscriçao a dizer cavalo judeu, ou a pintura feita na porta da livraria que dizia negócio judeu...
Outro momento que foi feito de forma discreta para chamar a atençao ao modocomo o fascismo influenciava a vida das pessoas naquela épocaé a cena em que o pai chama as crianças tendo elas o nome de Adolfo( Adolfo Hitler, ditador alemão) e Benito ( Benito Mussolini, ditador Alemao).

Ana Maria Neves disse...

Olá David! Bem a propósito do que se espera este seu comentário. Já agora aproveito a oportunidade para lançar um desafio aos colegas que ainda não participaram... lembram-se daquela cena no restaurante em que uma série de professores discute um problema matemático? De que forma podemos relacionar essa cena com a perseguição ao povo judeu no período antes e durante a II Guerra Mundial?

Anónimo disse...

Em prieimro lugar devo já dizer que adorei o filme e desconhecia a sua existência, muito realista no que toca a guerra e o que o torna fantástico na minha opinião é o seu sentido de humor e em especial o papel daquele pai perante o seu filho é comovente sem dúvida. Relacionando o filme "A Vida é Bela" com a desastroza II Guerra Mundial, no filme mostra bem o que se passava nos campos de concentração e toda a crueldade que foi feita pelos alemães, no fim do filme mostra o menino a ser salvo por um militar americano que veio em auxilío dos refugiados nos campos de concentração, infelizmente já depois de ter sido extingidas todas aquelas pessoas, o que foi feito para não deixarem vestigios de forma a não se descobrir um dia o que ali se passou.

Rita

sónia disse...

Na Itália de 1939, Guido muda-se para a cidade para aí abrir uma livraria. Fica maravilhado pela primeira mulher com quem se cruza, uma professora chamada Dora, a qual vai encontrando, primeiro ocasionalmente depois propositadamente. A narrativa dá um salto para os anos 40. Guido consegue abrir a livraria dos seus sonhos e vive feliz com a mulher e o pequeno e encantador filho Josué. Mas a ideologia nazi ligada ao fascismo italiano, vem para destruir a vida dos judeus, até que chega o dia em que Guido e o filho são separados de Dora e levados juntamente com outros judeus para um campo de concentração. Para proteger o filho ao horror da situação, Guido inventa uma história, com bastante imaginação e fantasia, dizendo que tudo aquilo é um jogo e que quem fizer 1000 pontos leva um tanque de guerra para casa, tenta convencê-lo que se trata tudo de uma brincadeira, e que os soldados alemãs estão apenas a fazer o papel de pessoas que gritam muito e são maus.
O que impressiona é que Guido para se conseguir manter vivo, acaba por aceitar também tudo como um jogo, faz da fantasia do filho a sua própria fantasia. Aqui se vê até onde vai o amor de um pai pelo seu filho. A vida do protagonista acaba por terminar nas mãos dos guardas. O filho e mulher entretanto, salvam-se desse destino.
O filme mostra com bom humor e divertimento o terror vivido pelos judeus italianos na 2º Guerra Mundial. Um humor com partes dolorosas onde Benigni faz um trabalho totalmente humano e profundo.
Retrata bem o genocídio da população judaica levada a cabo pelo regime nazi alemão, onde os judeus eram apresentados como a causa dos problemas da nação, desde a derrota na 1º Guerra até á crise económica que o país vivia.
Hitler introduziu leis que discriminavam gravemente a comunidade judaica, impôs que usacem a Estrela de Davi, uma estrela amarela com cinco pontas que era como uma marca a que se atribuía carácter infame, limitações no direito ao trabalho e ao ensino, boicote ao comércio, agressôes físicas, destruíção de bens e locais de culto, etc...
Os judeus eram transportados aos milhares em vagões de gado dos caminhos-de-ferro, onde muitos morriam no trajecto. Á entrada dos campos de concentração era feita uma selecção: os incapazes de trabalhar (doentes, idosos, crianças e muitas mulheres) eram imediatamente executados e os aptos a trabalhar eram poupados e usados como mão-de-obra escrava dentro do próprio campo. Haviam câmaras de gás com capacidade para eliminar centenas de vítimas de uma só vez. Alguns milhares foram utlilizados em experiências médicas, em tentativas de encontrar vacinas ou tratamentos para epidemias que atingiam os militares alemãs, depois acabavam nas câmaras de gás ou morriam devido ás experiências.
Metade da população judaica da Europa foi assim brutalmente assassinada sob a orientação de Adolf Hitler e pela mão dos membros das SS. Após a Guerra, os sobreviventes traumatizados abandonaram em grande número a Europa, indo a maioria para os E.U.A e Israel. No entanto, os judeus não foram os únicos as ser atingidos pelo genocídio, também foram atingidos os ciganos, adversários políticos do regime e grupos sociais marginalizadois, como os homosexuais. É um periodo da história do Mundo que ficará para sempre nas memórias da Humanidade!!!

Ana Maria Neves disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Ana Maria Neves disse...

Olá Sónia. Excelente resumo...
Mas, já agora, uma outra pergunta para os colegas que ainda não participaram... não foi muito fácil para Guido abrir a livraria, pois não? Porquê?

Ana Maria Neves disse...

Olá Rita. Ainda bem que gostou ;). Obrigada pela sua participação.

Anónimo disse...

relacionando o filme com a II Guerra é facil pois o filme mostra claramente a pressao sofrida pelos judeus .Apesar do Filme tornar a realidade vivida por muitos na epoca um pouco mais animada é importante ter em mente que essa pressao e o clima vivido em filme nao foi num passado muito distante! O filme esta muito bem produzido e bastante bem argumentado.


Sandra Silva

Anónimo disse...

O Filme está cheio de imagens referentes ao nazismo e ao extermínio dos judeus.
Para mim a imagem que mais se destacou é quando no final a criança sobe ao tanque de guerra (instrumento bélico)que nessa altura representa a paz na medida que é a VITÓRIA DOS ALIADOS e a ABERTURA DOS CAMPOS DE CONCENTRÇÃO.
A paz assegurada juntamente com a esperança num rosto de uma criança.

Daianny disse...

"A vida é Bela" é um filme bem humorado e sensível, que se passa em Itália, num local que decreta o anti-semitismo. O filme de uma forma cómica e engraçada, mas também real, retracta uma realidade histórica terrível, nos mostra a situação dos Judeus durante a II Guerra Mundial.
No inicio é tudo muito bonito, onde Guido, um Judeu se apaixona por Dora, uma Italiana “ariana” e acabam por se casarem (um casamento que naqueles tempos seria impossível ) e tem um filho.
O filme depois começa a mostrar uma realidade horrenda vivida pelos Judeus, onde estes eram levados em comboios como se fossem mercadorias para campos de concentração nazistas (O que ficou mais conhecido foi o de Auschwitz).
Ali eram escravizados, e obrigados a trabalhar em fabricas onde construíam armamentos que seriam utilizados na Guerra, aqueles que conseguiam realizar bem o seu trabalho tinha mais um dia de vida garantido, caso contrario eram brutalmente assassinados, apesar do filme não ter mostrado cenas bem explicitas de como era realmente a vida dos Judeus nestes campos de concentração, o filme consegue passar a mensagem.
Com o fim da Guerra, os Judeus são libertados. Mas com um extermínio muito grande da “raça” Judia (Holocausto nazi).

Anónimo disse...

É de uma forma um tanto ou quanto cómica e descontraída que o filme a "Vida é Bela" nos mostra a realidade vivida durante os anos de 1939–1945, anos em que decorreu a II Guerra Mundial. Mas muito pelo contrario, esta fase da história é tudo menos cómica e descontraída! É com Hitler a chegar ao poder e a instalar na Alemanha uma ditadura alimentada por ideologias nazis bem como na Itália, que começa uma perseguiçao cerrada e cruel aos Judeus. O filme foca bem esse ideal com os vandalismos feitos a Guido na sua livraria e ao cavalo do seu tio inicialmente. Os Judeus eram então maltratados e humilhados; os que tinham mais possibilidades viram-se obrigados a fugir e muitos outros tentaram esconder-se. Mas os ideias da "raça superior" imperaram e os judeus foram levados para campos de concentraçao e obrigados a fazer trabalho escravo,nomeadamente no fabrico de armamento, como também se constacta no filme. Os que não tinham qualquer funcionalidade ou utilidade eram exterminados ou utilizados para experiências macabras levadas a cabo por medicos. Este foi um extermínio nao de centenas nem de milhares, mas de milhões de Judeus, não levando à sua extinçao mas a que predomina-se uma percentagem muito baixa deste povo. Em 1945 os Aliados conseguem finalmente pôr fim a esta situação e termina a guerra. Os campos de concentraçao são libertados e os sobreviventes podem finalmente regressar a casa... Esta foi sem dúvida uma página negra na história da Humanidade; onde políticas fascistas com ideologias nazis conseguiram cometer actos abomináveisem nome de crenças sem qualquer fundamento...

Ana Silva

Anónimo disse...

Relacionando o filme “A Vida é Bela” com as consequências do pós-guerra (II Guerra Mundial) é ver através de uma pequena amostra, a realidade que o ser humano atinge, por vezes, num mundo de valores completamente absurdos e, quem sabe, desfazados da realidade do princípio do século XX.
O actor principal, Guido, é um judeu que, como todos os outros, procura meios de vencer na vida, procurando na grande cidade, realizar o seu sonho – ter uma livraria.
É na cidade que conhece Dora, a mulher da sua vida, que não é judia.
Guido constitui família com Dora e ambos têm um filho – Giosué.
Com o deflagrar da guerra, o flagelo da morte espalha-se por todo o lado e Guido vê-se separado da mulher, por ser judeu, e fica com o filho num campo de concentração. É louvável o esforço que Guido faz para que o filho não perceba a realidade, para que não sinta o terror da morte que pode estar próxima.
Quando se olha para trás e se percebe que uma guerra é sempre uma demonstração de força e poder, podemos compreender que os nazis, com a sua obsessão pela supremacia da raça, não se importavam de realizar os mais horríveis crimes contra a humanidade.
O extermínio e perseguição aos ciganos e judeus estão, ainda hoje, bem presentes nos nossos pensamentos e funcionam como uma página negra da história da evolução da humanidade.
Prova disso foram os horrores dos campos de concentração nazis que tão bem são representados no filme. O modo como os nazis viam todos os outros seres humanos assemelha-se a uma visão anterior à Idade Média.
No restaurante, na cena dos professores, estes conversam sobre vários problemas de matemática. Com uma naturalidade impressionante que chega, até parece uma cena cómica, mas de facto, a realidade é bem diferente.
A preocupação dominante não era a cura ou a esperança de cura, ou até mesmo a pesquisa e o avanço da ciência e da medicina – a única preocupação era o quanto se gastava com os doentes e com os incapacitados.
As consequências da guerra foram enormes e naquelas mentes não existia um pouco de solidariedade ou fraternidade.
A frieza estava ali estampada naqueles rostos sem expressão, naqueles rostos com ar de demência. Quantas famílias não ficaram destruídas, separadas como a de Guido e Dora?
Eles foram apenas um casal-tipo que serviu para representar o caos em que a sociedade se transformou.
Tal como, séculos antes, a Igreja Católica ficou manchada com a Inquisição, também o século XX ficou manchado pelo genocídio nazi, uma verdadeira mancha negra na evolução da sociedade que, de certo modo, acaba por se contradizer: por um lado procurava a valorização da sua própria raça, por outro era capaz de crimes horrendos e atentados contra a humanidade.
Apesar do filme se centrar na Itália, a ideologia era a mesma, por era Mussolini quem estava à frente do poder italiano.
Mussolini foi um dos mentores da ideologia fascista e ditatorial que se viveu na Europa no pós-guerra.

Richard Oliveira

Ana Maria Neves disse...

Olá. Obrigada a todos pela participação. Este tema fica assim encerrado :)

Titah disse...

Adorei ver o filme " a vida é bela" desde já devido a ser uma cómedia romantica... Mas também por se relacionar com a 2º Guerra Mundial em que Guido faz do campo de concentração um jogo para o seu filho não perceber no fim morre fuzilado por tentar encontrar a sua mulher...
Mas primeiro esconde o seu filho e diz opara ele não sair do esconderijo enquanto não ouvir silêncio absoluto.
No final a criança pensa que ganou o primeiro prémio um tanque verdadeiro no caminho vê a sua mãe e corre para os seus braços dissendo que ganharam e assim acaba o filme adorei ;D



Tatiana Almeida

Anónimo disse...

Neste filme, podemos perfeitamente encontrar o conceito de resiliência,na parte em que o Guido, consegue encontrar, a interacção entre as características pessoais e as dos contextos, trajectórias de desenvolvimento positivas e adaptativas, mesmo em condições adversas de privação e risco como é o caso quando eles estão no campo de concentração.

Anónimo disse...

Neste filme, podemos encontrar perfeitamente o conceito de resiliência, no episódio do campo de concentração, em que Guido, consegue encontrar, na interacção entre as características pessoais e as dos contextos, trajectórias de desenvolvimento positivas e adaptativas, mesmo em condições adversas de privação e risco.